No
último sábado (26/05), foi discutido na Câmara Municipal de
Campinas o Projeto de Lei do vereador Jairson Canário (PT) que se
responsabiliza as empresas de ônibus a fazer a pavimentação dos
itinerários, onde ainda não há ruas asfaltadas. Além disso, as
empresas também terão que fazer a manutenção das ruas já
pavimentadas por onde passam os ônibus.
De acordo com o autor da
matéria, o valor da tarifa em Campinas é uma das mais altas do
país, o que justifica o investimento do empresário de transporte em
manter as mínimas condições para explorar o serviço na cidade.
“Nós não conseguimos entender porque as empresas que produzem as
peças para manutenção estão aqui e a passagem em Belém do Pará
é muito mais barata, por exemplo”.
O presidente da Transurc,
a associação que une as empresas de transporte urbano em Campinas,
justificou o preço da tarifa com o trânsito saturado e custos de
manutenção, além do tempo de percurso devido ao congestionamento
de veículos. “Temos mão-de-obra especializada, serviços de
manutenção. O sistema de Campinas é totalmente tarifado. Tudo que
se jogar como ônus na empresa licitada, com certeza isso irá para o
valor da tarifa”, lembrou.
O advogado da Transurc
Ivan Lima, analisou com receio esse projeto e disse que a proposta
tem que ser do prefeito. “Obrigar as empresas que não tem a
mínima experiência nisso é criar um problema secundário como a
responsabilidade por um serviço mau feito, por exemplo. Toda vez que
é acrescido um custo ao sistema é de atribuição do prefeito
municipal”,
O técnico da Emdec, a
empresa que gerencia o trânsito e o transporte em Campinas, Pedro
Meloni, se mostrou preocupado com que o preço do asfalto possa ser
passado para o valor da passagem de ônibus. “Se a pavimentação
for uma obrigatoriedade do empresário ele não vai diminuir seu
lucro e, com certeza, vai repassar seu custo para a tarifa e minha
preocupação é aumentar o preço da tarifa”,
O presidente da Comissão
de Mobilidade Urbana e Transporte da Câmara, vereador Josias Lech
(PT), apresentou uma proposta como saída para que o projeto disse
que há como encontrar saídas para que o projeto seja viável em
Campinas. “Se o operador tiver que aportar o custo da autorga o
recurso vai para a Prefeitura e terá que usar o valor para a
pavimentação, sem usá-lo para outros serviços”, propôs.
Algumas emendas devem ser
apresentadas antes que o projeto vá para a votação do mérito.
Fonte: www.camaracampinas.sp.gov.br
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