segunda-feira, 16 de maio de 2011

CPI dos Radares abre nova linha de investigação

CPI dos Radares abre nova linha de investigação

Vereadores em audiência da CPI

Numa oitiva marcada pela tensão, os vereadores da CPI dos Radares - instalada na Câmara Municipal para apurar denúncias de irregularidades na contratação de empresas que operam radares e lombadas eletrônicas em Campinas, abriram uma nova linha de investigação. Constataram no depoimento desta sexta-feira (13/05) que o Consórcio Campinas Segura – que venceu a licitação para implantação e operação dos equipamentos na cidade - não está constituído juridicamente.

“Precisamos apurar isso, porque não me parece normal que o consórcio não tenha sido formalizado de alguma forma”, afirmou o presidente da CPI, vereador Rafa Zimbaldi (PP).

A audiência não durou mais que 40 minutos. Apenas um dos depoentes, Jefferson Silveira Rodrigues, compareceu. Mesmo assim, se declarou em condições de responder apenas sobre aspectos técnicos do contrato com a Emdec. Para responder sobre aspectos jurídicos do acordo, o Consórcio enviou um advogado, mas os vereadores não aceitaram já que o defensor não havia sido convocado. O empresário Rodolfo Valentinno – que também havia sido convocado - não se apresentou.

“É inaceitável esse comportamento. O consórcio usou de um artifício para burlar a CPI. A pessoa que assinou o contrato (Jefferson Silveira) informou que não poderia falar sobre o aspecto jurídico. Estão tentando passar como um trator por cima da CPI, mas nós não vamos aceitar esse tipo de comportamento”, afirmou o presidente da comissão.

A dúvida a respeito da situação legal do consórcio surgiu do pouco que Jefferson Silveira Rodrigues (na foto à direita) falou. Ele disse que representava a empresa Engebrás (líder do Consórcio) e, portanto, não estava ali na condição de presidente do “Campinas Segura”, razão pela qual foi convocado. Afirmou ainda que o consórcio não estava constituído juridicamente e que não havia na entidade a figura de um presidente.

Depois de quatro perguntas consecutivas em que Silveira dizia não estar em condições de responder, Rafa Zimbaldi suspendeu a oitiva e se reuniu reservadamente com os outros integrantes da CPI. Minutos depois, decidiu suspender os trabalhos. “Vamos procurar a Consultoria Jurídica da Câmara para saber como proceder em relação aos depoimentos de hoje, mas certamente essas pessoas serão reconvocadas”, antecipou.

A CPI dos Radares foi deflagrada devido às denúncias feitas pela reportagem do Fantástico, da Rede Globo, exibida em 13 de março. A matéria apontou que empresas e prefeituras de várias regiões do País fecharam contratos irregulares, com o direcionamento das licitações. Entre as empresas denunciadas, estava a Engebrás, que tem contrato em Campinas.

Além da presidência de Rafa Zimbaldi, a CPI tem a relatoria do vereador Thiago Ferrari (PMDB). Também integram a CPI os vereadores Antônio Flôres (PDT), Jairson Canário (PT), Petterson Prado (PPS), Tadeu Marcos (PTB) e Zé do Gelo (PV).


Texto e Foto: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas

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