sexta-feira, 22 de junho de 2012

Bisfenol A - Do plástico pode aumentar chances de doenças cardíacas.

Produto químico usado para fazer plásticos, o bisfenol A (BPA) foi tema de inúmeros debates sobre a sua influência no desenvolvimento de crianças a ele expostas. Agora, um estudo publicado no periódico Circulation sugere que a exposição ao produto também pode aumentar o risco de doenças cardíacas em longo prazo.
 
A relação entre o BPA e problemas cardíacos foi pesquisada durante 10 anos por um grupo daUniversity of Cambridge, no Reino Unido. Os pesquisadores compararam os níveis de bisfenol em 758 pessoas inicialmente saudáveis, mas que desenvolveram doenças cardíacas ao longo da análise, e 861 pessoas que não desenvolveram qualquer problema do gênero. Todos tinham entre 40 e 74 anos quando foi feito o levantamento.
 
Os indivíduos que desenvolveram doença arterial coronariana apresentaram níveis mais elevados do produto na urina no início do estudo do que aqueles que não tiveram a doença. Os pesquisadores desconfiam ainda que o produto possa atuar junto a fatores de risco como o tabagismo, a pressão alta e o colesterol elevado. A exposição ao BPA costuma acontecer inicialmente pelo contato com pacotes de comidas e bebidas, mas também ocorre pela ingestão de água e até pela inalação do pó doméstico.
 
Proteja seu bebê contra o bisfenol e outras substâncias tóxicas
 
No ano passado, a Anvisa deixou os pais em estado de pânico ao anunciar a proibição do uso da substância bisfenol A, considerada tóxica, na fabricação de mamadeiras e outros utensílios de plástico. Especialistas alertam, entretanto, que ainda há inúmeras outras substâncias que temos contato diariamente e que são prejudiciais à saúde, principalmente, das crianças. Mas não é preciso privar o seu filho do contato com o mundo.
O segredo é ter cuidado com o excesso de alguns elementos específicos, que podem causar desde alergias até complicações no crescimento dos pequenos. "Muitas vezes, uma substância sozinha pode não fazer nada, só que associada a outras pode produzir um efeito negativo", alerta a endocrinologista Elaine Costa, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Descubra quais são essas substâncias.

Mamadeiras

Estudos indicam que o bisfenol A - presente em plásticos duros, como o da mamadeira - pode prejudicar o metabolismo, as funções neurológicas e a capacidade de reprodução. De acordo com o pediatra Luciano Borges, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, a medida da ANVISA de proibir esse componente é uma ótima oportunidade de livrar-se de vez das mamadeiras em casa. "O ideal é usar um copo de vidro específico, que permite ao bebê fazer o mesmo movimento que realiza quando mama no peito da mãe, ao contrário da mamadeira", assegura o profissional.

Plásticos feitos com Bisfenol podem causar câncer.

O Bisfenol A é um composto usado na fabricação de plásticos e revestimentos de outros materiais. Conforme mostram pesquisa, a presença desse químico no organismo humano pode causar anomalias hormonais e outras doenças, como o câncer.
 
A discussão sobre a eliminação do BPA, como é conhecido o Bisfenol A, do processo de manufatura do plástico é constante em âmbito internacional. No Canadá, na França, na Dinamarca e na Costa Rica, por exemplo, é proibido fazer uso desse elemento para a fabricação de mamadeiras, outras nações estudam seguir o mesmo caminho.
 
No Brasil, o assunto ainda é pouco conhecido e ignorado por autoridades e diversos setores da indústria. As discussões são recentes e foram trazidas para o território nacional através da dupla Fabiana Dupont e Fernanda Medeiros, tradutora e jornalista, respectivamente, através do site “O tao do consumo”.
 
O espaço eletrônico é usado para informar a população sobre os riscos que o BPA pode trazer à saúde, mostrar como é possível se mobilizar contra as indústrias que se apóiam no uso deste químico e quais são as alternativas existentes para substituir o plástico.
 
“Hoje, nos Estados Unidos existem 80 mil químicos usados na indústria, só 200 foram estudados com profundidade e apenas três foram proibidos”, explica Fabiana, argumentando que boa parte dos efeitos que esses elementos podem causar à saúde, sequer são conhecidos ou foram analisados. Portanto, “é preciso buscar alternativas”, acrescenta ela.
 
 
 
Fonte: www.minhavida.com.br

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